O Serviço Aéreo de Resgate em Alagoas funciona de maneira integrada entre o Corpo de Bombeiros de Alagoas e o SAMU. A parceria tem rendido bons frutos e quem sai ganhando é a população. A aeronave é mantida por contrato de locação, administrado pelo SAMU, que fornece também o médico para compor a tripulação juntamente com os pilotos e os tripulantes operacionais do Corpo de Bombeiros. A aeronave é um Esquilo (AS 355), com as inscrições das instituições parceiras SAMU e Corpo de Bombeiros.
"Temos funcionado de maneira muito satisfatória tanto na operação quanto no relacionamento entre as instituições", afirma o TC André Madeiro.
Confira a reportagem abaixo:
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Mais do que investir na Saúde, o governo do Estado fez uma verdadeira reestruturação do setor nos últimos três anos, melhorando o atendimento aos usuários e salvando vidas com a redução do tempo-resposta. Para que isso acontecesse, foram feitos investimentos em ambulâncias e até em um helicóptero, que foi totalmente equipado com uma UTI.
A descentralização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a criação de novas bases em vários municípios alagoanos também são alguns avanços que podem ser apontados.
“Há três anos, o Samu Alagoas possuía duas bases. Uma em Maceió e outra em Arapiraca, mas somente trinta municípios que ficam no entorno dessas cidades eram atendidos pelo serviço e o restante do Estado ficava descoberto. Por isso, resolvemos descentralizar o serviço. Pegar as ambulâncias que existiam e espalhar pelo Estado, além de adquirir mais para que pudéssemos chegar a todos os lugares de Alagoas”, afirma o diretor de Atenção Pré-hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde, Iracildo Camelo.
De acordo com ele, em 2007 Alagoas possuía quatro Unidades de Suporte Avançado (USAs) e nove Unidades de Suporte Básico (USBs), que ficavam centralizadas nas bases de Maceió e Arapiraca. Hoje, o Estado já pode contar com mais 39 ambulâncias, sendo que desse total, dez foram adquiridas com recursos próprios e outras 29 foram doadas pelo Ministério da Saúde.
A política de descentralização do Samu já faz com que Alagoas some, atualmente, 23 bases, sendo duas Macrorregionais (Maceió e Arapiraca), 11 Regionais (Porto Calvo, São Miguel dos Campos, Penedo, Pão de Açúcar, Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, Viçosa, União dos Palmares, Joaquim Gomes e Coruripe) e dez Descentralizadas (Marechal Deodoro, Maragogi, São Luiz do Quitunde, Murici, Porto Real do Colégio, Delmiro Gouveia, Ouro Branco, Cacimbinhas, Maribondo, Girau do Ponciano e Teotônio Vilela).
Até o final de 2010, o Estado vai poder contar com um total de 42 bases do Samu, todas localizadas em municípios estratégicos com o intuito de fazer com que o tempo-resposta – que representa o tempo entre a chamada e o primeiro atendimento – fique entre 20 e 30 minutos.
“Fizemos um planejamento para termos uma base a cada trinta quilômetros, que é uma distância boa para que possamos realizar um atendimento rápido”, destaca Iracildo Camelo.
Socorro neonatal
As melhorias no que diz respeito ao atendimento Pré-Hospitalar Móvel em Alagoas não ficam por aí. No ano passado, foi implantado o Samu Neonatal, que fica responsável pela transferência de bebês entre hospitais. No lugar da maca para adultos, a ambulância possui uma incubadora e ao invés de um médico especialista em emergência, é um pediatra neonatologista quem compõe a equipe de profissionais responsável pelo atendimento.
Segundo Iracildo, o Samu Neonatal existe em outros Estados, mas a disponibilização de um profissional especializado em neonatologia é uma inovação de Alagoas. “A diferença em relação aos outros estados do país é que aqui nós utilizamos um médico especialista e nos outros estados, é usado o mesmo profissional que faz os outros atendimentos. Nosso diferencial é a equipe”, disse.
A ambulância do Samu Neonatal fica na base de Maceió, mas até o final do ano, outro veículo adequadamente equipado para o transporte de bebês será colocado em Arapiraca.
Aeromédico
Com apenas seis meses de implantação, o Samu Aeromédico também tem contribuído para salvar vidas em todo o Estado. Até agora, cerca de 130 pessoas já foram resgatadas ou tiveram o primeiro atendimento pré-hospitalar realizado pela equipe do serviço aéreo.
O helicóptero utilizado pelo Aeromédico foi locado pelo governo do Estado e se destina a fazer o primeiro atendimento em casos de acidente e ocorrências em áreas remotas, onde a ambulância não consegue chegar com rapidez.
“Há também os casos em que a equipe já fez o atendimento por terra, mas a Unidade de Suporte Avançado vai demorar a chegar, ou o hospital de referência, como o HGE, fica distante. Nesses casos, a aeronave também é utilizada”, explica Iracildo, destacando que os atendimentos estão sendo realizados em todos os lugares do Estado.
O helicóptero é todo equipado como uma UTI e a equipe responsável pelos atendimentos é formada por um médico com treinamento em serviço aeromédico, um bombeiro e um piloto.
Em relação à Central de Regulação, onde é feita a triagem das chamadas realizadas por meio do número telefônico 192, Alagoas conta hoje com duas delas – sendo uma em Maceió e outra em Arapiraca –, mas o projeto é fazer com que apenas uma Central de Regulação fique funcionando, tendo em vista que o sistema é todo integrado.
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