quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Helicóptero de resgate da Força Aérea Britânica escapa de colisão em voo com ultraleve

   Um helicóptero de resgate por pouco não colidiu  em voo com uma aeronave ultraleve na região nordeste da Inglaterra.

   O helicóptero SeaKing da Força Aérea Britânica estava em deslocamento para um incidente perto da cidade de Middlesbrough quando o ultraleve cruzou a uma distância vertical de 100 pés abaixo, de acordo com um relatório emitido pelo UKAB, órgão britânico encarregado de investigar esse tipo de ocorrência.

   O quase desastre foi identificado quando o piloto do ultraleve marca Robin, que voava ao longo da costa de Nothumberland, avistou o helicóptero amarelo pairando acima de sua aeronave e imediatamente curvou a esquerda em descida a fim de evitar a colisão.



   A tripulação do helicóptero de busca e resgate da RAF não estava ciente do avião até que as duas aeronaves se cruzaram.

   O relatório oficial da UKAB acerca do fato, que ocorreu no dia 31 de maio do ano passado, classificou o fato como incidente Classe B, que representa um dos mais perigosos.

   O piloto do ultraleve Robin disse aos investigadores que acreditava que a tripulação do helicóptero não teria visto sua aeronave antes de ter passado abaixo dele, pois aparentemente não empreendeu ação evasiva.

   A tripulação do Sea King reportou imediatamente o incidente para o controle de tráfego aéreo, tendo estimado a diferença de altura entre os dois em 100ft e afirmado que o risco havia sido elevado. As duas aeronaves estavam em comunicação com diferentes órgãos de controle na ocasião, o que explica em parte o fato de um não saber do outro.

   O relatório acrescentou: "uma melhor comunicação teria evitado o incidente."

   Membros da comissão concordaram, entretanto, que não havia obrigação de que o órgão de controle determinasse a transferência de comunicações para o piloto do Robin uma vez que não sabia que a aeronave operava em outro setor.

   O piloto do Robin, contudo, voava próximo de sua base e deveria estar familiarizado com a área e ter sido informado da operação do helicóptero da RAF.

   O relatório fixou que, uma vez que as duas aeronaves estavam operando dentro das normas, os pilotos tinham uma responsabilidade igual e compartilhada para ver e evitar a outra aeronave.

   Disse ainda que "a tripulação do Sea King, possivelmente em função da alta carga de trabalho logo após a decolagem, não viu o Robin até que ele passou por baixo do helicóptero."

   O piloto do Robin viu o Sea King, mas não estimou ou reportou a que distância estava quando o viu pela primeira vez, fazendo com que os membros da investigação tirassem conclusões de distância baseadas em outras informações.

   O relatório, que apontou a causa do incidente como sendo a não visualização pela tripulação do Sea King e a visualização tardia por parte do piloto do Robin, conclui: "na falta de uma evidência baseada no radar, foi impossível verificar a real separação entre as duas aeronaves."

   Como resultado do incidente, o aeroporto de Newcastle fez uma recomendação interna para lembrar os controladores que qualquer aeronave operando na área onde ocorreu o acidente deve ser questionada pelos controladores de tráfedo aéreo na base a fim de dar conhecimento de suas intenções de voo.


Aeronave Robin semelhante ao do incidente
Fonte: Jornal Live
Foto Robin: Site JWC Design

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