Um helicóptero de resgate por pouco não colidiu em voo com uma aeronave ultraleve na região nordeste da Inglaterra.
O helicóptero SeaKing da Força Aérea Britânica estava em deslocamento para um incidente perto da cidade de Middlesbrough quando o ultraleve cruzou a uma distância vertical de 100 pés abaixo, de acordo com um relatório emitido pelo UKAB, órgão britânico encarregado de investigar esse tipo de ocorrência.
O quase desastre foi identificado quando o piloto do ultraleve marca Robin, que voava ao longo da costa de Nothumberland, avistou o helicóptero amarelo pairando acima de sua aeronave e imediatamente curvou a esquerda em descida a fim de evitar a colisão.
A tripulação do helicóptero de busca e resgate da RAF não estava ciente do avião até que as duas aeronaves se cruzaram.
O relatório oficial da UKAB acerca do fato, que ocorreu no dia 31 de maio do ano passado, classificou o fato como incidente Classe B, que representa um dos mais perigosos.
O piloto do ultraleve Robin disse aos investigadores que acreditava que a tripulação do helicóptero não teria visto sua aeronave antes de ter passado abaixo dele, pois aparentemente não empreendeu ação evasiva.
A tripulação do Sea King reportou imediatamente o incidente para o controle de tráfego aéreo, tendo estimado a diferença de altura entre os dois em 100ft e afirmado que o risco havia sido elevado. As duas aeronaves estavam em comunicação com diferentes órgãos de controle na ocasião, o que explica em parte o fato de um não saber do outro.
O relatório acrescentou: "uma melhor comunicação teria evitado o incidente."
Membros da comissão concordaram, entretanto, que não havia obrigação de que o órgão de controle determinasse a transferência de comunicações para o piloto do Robin uma vez que não sabia que a aeronave operava em outro setor.
O piloto do Robin, contudo, voava próximo de sua base e deveria estar familiarizado com a área e ter sido informado da operação do helicóptero da RAF.
O relatório fixou que, uma vez que as duas aeronaves estavam operando dentro das normas, os pilotos tinham uma responsabilidade igual e compartilhada para ver e evitar a outra aeronave.
Disse ainda que "a tripulação do Sea King, possivelmente em função da alta carga de trabalho logo após a decolagem, não viu o Robin até que ele passou por baixo do helicóptero."
O piloto do Robin viu o Sea King, mas não estimou ou reportou a que distância estava quando o viu pela primeira vez, fazendo com que os membros da investigação tirassem conclusões de distância baseadas em outras informações.
O relatório, que apontou a causa do incidente como sendo a não visualização pela tripulação do Sea King e a visualização tardia por parte do piloto do Robin, conclui: "na falta de uma evidência baseada no radar, foi impossível verificar a real separação entre as duas aeronaves."
Como resultado do incidente, o aeroporto de Newcastle fez uma recomendação interna para lembrar os controladores que qualquer aeronave operando na área onde ocorreu o acidente deve ser questionada pelos controladores de tráfedo aéreo na base a fim de dar conhecimento de suas intenções de voo.
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Aeronave Robin semelhante ao do incidente |
Fonte: Jornal Live
Foto Robin: Site JWC Design
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