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AirCare 5 da PHI sendo inspecionado pela NTSB |
No dia 31 dez. 10 uma aeronave modelo EC135 que retornava de um voo aeromedico nos Estados Unidos colidiu em voo com um CESSNA 172 no circuito de tráfego de um aeroporto no estado da Virgínia, nordeste dos Estados Unidos. O aeroporto não é controlado por Torre. Na colisão o CESSNA perdeu a asa direita e colidiu com o solo gerando lesões fatais em seus dois ocupantes. O EC135 sofreu danos leves e pousou em segurança no próprio aeroporto, não havendo ferimentos nos três ocupantes.
Há alguns dias o NTSB, órgão americano equivalente ao CENIPA, divulgou um relatório preliminar onde aponta os dados coletados em entrevistas e na análise inicial dos destroços do CESSNA e do helicóptero, este último operado pela empresa PHI (Petroleum Helicopters Incorporated).
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Destroços do CESSNA 172 |
O helicóptero estava no circuito de tráfego e tinha ciência (via frequência aeronáutica) e contato visual com outros dois aviões que também estavam no circuito. Sendo o terceiro para pouso, seguiu no tráfego padrão até que a tripulação, piloto um dos dois enfermeiros à bordo, sentiram um "tranco" no helicóptero tendo o piloto perguntado "o que foi isso?". O enfermeiro sentado na posição do copiloto não visualizou nada enquanto a enfermeira sentada atrás do assento do copiloto viu, por menos de um segundo, um retângulo branco embaixo do helicóptero equivalente à asa do avião.
O piloto afirmou que, durante a descida para o tráfego, a aproximadamente 500ft de altura, viu parte da asa do avião e aplicou potência para tentar evitar a colisão, porém sentiu o contato. As duas primeiras aeronaves também haviam sido detectadas pelo sistema de alerta contra colisões instalado no EC135 (Skywatch TCAD), o que, por motivos ainda não conhecidos, não havia ocorrido com o CESSNA. O CESSNA voava nas proximidades do aeroporto porém, não estava no circuito padrão estabelecido.
Ambos os pilotos eram experientes e estavam com licenças e certificados de saúde válidos.
Ao examinar os destroços do CESSNA no dia 02.jan.10, os técnicos da NTSB identificaram diversos sinais compatíveis com a as dimensões e pintura dos esquis do helicóptero. As marcas ocorreram da traseira para frente, em direção a direita, na fuselagem do avião e também se apresentaram na junção da asa direita com a fuselagem. Parte do teto do cockpit também se separou no impacto sendo encontrado próximo ao local onde a asa do avião caiu. Tanto na parte do teto que se separou quando no estabilizador horizontal que permaneceu fixado na aeronave, foram encontradas marcas compatíveis com os esquis do helicóptero.
Já no helicóptero, foram encontradas marcas compatíveis com a pintura do helicóptero nos tubos dos esquis (que ficam ao chão quando do pouso) e nos crosstubes (travessas que são conectadas a fuselagem). O defletor esquerdo do corta cabos ("sapata" conectada na ponta do esqui) amassou porem continuou conectado.
Relatório Completo em inglês: http://www.ntsb.gov/ntsb/GenPDF.asp?id=ERA11FA101B&rpt=p
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